sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Orientações Diocesanas para Retomada da Catequese nas Paróquias

 Na tarde de hoje (17) Dom Edivalter Andrade - Bispo de Floriano - aprovou o documento de Orientação de Retomada da Catequese nas Paróquias da Diocese de Floriano, o mesmo foi elaboarado na última reunião virtual da Comissão Diocesana de IVC com as Coordenações Paroquiais de Catequese.


SEGUE O TEXTO NA INTEGRA

DIOCESE DE FLORIANO

 

ORIENTAÇÕES DIOCESANA PARA A

RETOMADA DA CATEQUESE

 

 

“A catequese transmite os fatos e as palavras da Revelação: deve proclamá-los e narrá-los e, ao mesmo tempo, explicar os profundos mistérios que estes encerram. Além disso, sendo a Revelação fonte de luz para a pessoa humana, a catequese não apenas recorda as maravilhas de Deus operadas no passado mas, à luz da mesma Revelação, interpreta os sinais dos tempos e a vida presente dos homens e das mulheres, uma vez que, neles, realiza-se o desígnio de Deus para a salvação do mundo”. (Diretório geral da catequese, n.39)

Caros presbíteros, coordenadores paroquiais de catequese e catequistas, Saudações de paz e bem!

Reunidos virtualmente a Comissão Diocesana de IVC e Coordenadores Paroquias que Catequese constatamos que o ano de 2020 foi atípico. Nunca na história recente vivenciamos algo parecido. Por isso, o contexto da pandemia fez com que buscássemos caminhos alternativos para continuar o processo de educação da fé de nossos catequizandos (as) e familiares.

Nestes caminhos marcados por encontros online, leituras orantes, atividades encaminhadas, partilhas, etc., tudo teve validade enquanto crescimento e fortalecimento da experiência de Deus, no seguimento de Jesus e no fortalecimento da identidade cristã católica.

Temos que ter presente o processo de Iniciação à Vida Cristã. Ele requer também vida de comunidade, além do compromisso com a própria vida e da dos irmãos e irmãs, caridade, perdão, solidariedade, experiência e testemunho fraterno. Requer organização, continuidade e assimilação do que a Igreja crê e do que nós Povo de Deus cremos.

Precisamos permanecer empenhados em orientar as famílias e comunidades a não terem uma mentalidade semelhante ao modelo escolar. Ninguém ficará ‘atrasado’ um ou mais anos. A caminhada de fé, é caminhada de adesão, de amadurecimento no seguimento de Jesus: de compromisso com o Evangelho. E a Catequese tem esse papel importante e está unida à Comunidade e à Família. Como não nos era possível contar com a vivência presencial na comunidade e no grupo de Catequese, o processo não foi feito como é preciso. A Catequese necessita destas colunas: GRUPOFAMÍLIACOMUNIDADE e LITURGIA para que a transmissão da fé aconteça.

Por isso, neste momento é muito importante pensarmos o retorno aos encontros de catequese, seguido os protocolos que nos garante a segurança sanitária necessária para o momento. Deste modo, padres, religiosas, catequistas e pais acompanhados dos filhos podem planejar esse retorno.

Pedimos que as coordenações e os párocos fiquem firmes diante daquelas pressões que virão e estejam aptos a transmitir este entendimento. Não podemos supor, nem fazer de conta que o processo aconteceu. Não podemos simplesmente dizer: “siga para a próxima etapa/fase”. A educação da fé requer seriedade e comprometimento. Requer também paciência e coragem. Permitir que o(a) catequizando (a) vá para a próxima etapa/fase, sem ter feito a vivência daqueles conteúdos próprios do período, não nos é uma opção, pois entendemos com clareza que existe uma jornada, uma caminhada e ela se faz necessária para a formação da identidade cristã católica.

CONSIDERANDO o retorno gradual das aulas presenciais nas redes particular e pública em nossas escolas estaduais e municipais, a partir do início do mês de Setembro/Outubro, seguindo o protocolo de proteção contra a Covid-19;

CONSIDERANDO a importância e a nossa solicitude pela catequese em nossa Diocese, paróquias e comunidades, recomendamos o seu retorno com encontros presenciais, para crianças, adolescentes, jovens e adultos, pais e padrinhos e noivos, obedecendo as seguintes recomendações:

1.     Organizar a sala do encontro de modo que se preserve a distância de 1,5 metros entre cada pessoa. Tratando-se da catequese com crianças é pedagógico alguma marcação das cadeiras em que se pode e não se pode sentar, para ajudar de maneira visual a manter o distanciamento.

2.     Programar horários específicos para cada grupo de catequese, evitando um número maior de pessoas e a aglomeração.

3.     Manter as salas de catequese limpas, higienizadas e ventiladas. Este cuidado deve ser contínuo, cumprindo as normas de higiene no início e após o término de cada encontro. Quando um encontro for imediato ao outro deve-se antes da turma seguinte entrar fazer a higienização da sala.

4.     Uso obrigatório de máscara durante todo o tempo do encontro. Tratando-se da catequese com crianças orientem os pais a enviarem uma máscara reserva. Pede-se também as Paróquias que providenciem máscaras descartáveis para eventuais necessidades.

5.     Organizar a entrada e a saída dos(as) catequizandos(as), de forma tranquila, evitando que se cause aglomeração.

6.     Não se deve promover dinâmicas ou brincadeiras que estimulem cumprimentos, toques ou abraços.

7.     Quanto a água: cada criança (jovem ou a adulto) leve uma garrafa com água de sua casa. Se alguém tiver necessidade de mais água ou tenha esquecido sua garrafa, deve consumir água em copo descartável. Por questões sanitárias, não contemplamos neste protocolo a possibilidade do abastecimento de garrafas de água em bebedouros.

8.     Providenciar e oferecer o álcool em gel 70% para higienização das mãos na entrada e saída dos encontros. É importante que cada catequista mantenha consigo na sala do encontro um borrifador com álcool e utilizá-lo sempre. Muitas instituições também têm usado do álcool 70% líquido que possui a mesma eficácia, é mais econômico e seca mais rápido.

9.     Evitar compartilhamento de objetos, como: Bíblias, canetas, lápis, borracha, e outros.

10. Priorizar encontros que sigam o conteúdo correspondente de cada fase/etapa procurando salvaguardar o essencial.

11. Promover encontros breves, não ultrapassando 1 hora.

12. Nas paróquias em que se tenham poucos catequistas ou espaço físico insuficiente para a realização do encontro, pode-se pensar numa modalidade de catequese a cada 15 dias, intercalando as turmas. Contudo, seria muito bom que na semana em que os(as) catequizandos(as) não estiverem no encontro presencial, se ofereça algum conteúdo na modalidade online (vídeos, lives, áudios) ou se ofereça algum material para atividades ou momentos de oração em casa.

13. Não contemplamos neste protocolo a modalidade de catequese hibrida. Nesta modalidade não é possível contemplar todas as realidades da Diocese.

14. Recomenda-se aos catequistas do grupo de riscos, que não se sentem seguros, a não colaborarem neste primeiro momento. Neste caso a coordenação paroquial organize com outros catequistas disponíveis o modo de acompanhar as turmas, que por motivo da pandemia não serão acompanhadas por catequistas do grupo de risco. Do mesmo modo, catequizandos e catequizandas que estiverem em grupo de risco, não devem comparecer à catequese presencial, por enquanto. A equipe encaminhe para estes casos algum material por escrito para a família realizar em casa alguma atividade catequética.

15. As paróquias que adotaram outro calendário de catequese, sejam livres para segui-lo. Bem como, os párocos que entendem que por motivos próprios da sua comunidade paroquial ainda não seja o momento para o retorno, podem postergá-lo.

16. Nas cidades onde se regredir para a fase vermelha, ou tiverem aumento do número de casos, suspenda-se a catequese com crianças até que a cidade que progrida de fase.

17. Nas cidades onde o governo municipal não autorizou o retorno das aulas ou está proibido momentos de encontros, também não fica autorizado o retorno da catequese com crianças.


Respeitando o protocolo indicado, recomendamos o retorno da catequese em nossas paróquias e comunidades, no início do mês de outubro. Em caso de agravamento da pandemia, favor desconsiderar estas orientações e manter suspensa a atividade catequética.

A Coordenação Diocesana de Iniciação a Vida Cristã está à disposição para quaisquer dúvidas que possam surgir.

Agradecemos o empenho, a dedicação, a coragem e a comunhão não só agora no tempo da pandemia, mas em toda a nossa caminhada.

Pedimos à Mãe Maria, Primeira Catequista, que nos ajude neste novo tempo que estamos gestando. Que as experiências vividas não sejam guardadas como negativas, mas sim, como trampolim, mola impulsionadora que nos fez rever nosso caminhar, nossas atitudes e nossa fé.

Deus Misericordioso e Bom, por intercessão de São Pedro de Alcântara nos ilumine, abençoe e conduza a todos!

 

 

Floriano-PI, 17 de Setembro de 2021

Memória de São Roberto Belarmino

Bispo e Doutor da Igreja

Grande Catequista

 

 

Dom Edivalter Andrade – Bispo diocesano

 

Pe. Adalberto Santos – Coordenador da Comissão Diocesana de IVC