Na tarde de hoje (17) Dom Edivalter Andrade - Bispo de Floriano - aprovou o documento de Orientação de Retomada da Catequese nas Paróquias da Diocese de Floriano, o mesmo foi elaboarado na última reunião virtual da Comissão Diocesana de IVC com as Coordenações Paroquiais de Catequese.
SEGUE O TEXTO NA INTEGRA
DIOCESE
DE FLORIANO
ORIENTAÇÕES
DIOCESANA PARA A
RETOMADA
DA CATEQUESE
“A catequese transmite os fatos e as palavras
da Revelação: deve proclamá-los e narrá-los e, ao mesmo tempo, explicar os
profundos mistérios que estes encerram. Além disso, sendo a Revelação fonte de
luz para a pessoa humana, a catequese não apenas recorda as maravilhas de Deus
operadas no passado mas, à luz da mesma Revelação, interpreta os sinais dos
tempos e a vida presente dos homens e das mulheres, uma vez que, neles,
realiza-se o desígnio de Deus para a salvação do mundo”. (Diretório geral da
catequese, n.39)
Caros presbíteros, coordenadores paroquiais
de catequese e catequistas, Saudações de paz e bem!
Reunidos virtualmente a Comissão Diocesana de
IVC e Coordenadores Paroquias que Catequese constatamos que o ano de 2020 foi
atípico. Nunca na história recente vivenciamos algo parecido. Por isso, o
contexto da pandemia fez com que buscássemos caminhos alternativos para
continuar o processo de educação da fé de nossos catequizandos (as) e
familiares.
Nestes caminhos marcados por encontros
online, leituras orantes, atividades encaminhadas, partilhas, etc., tudo teve
validade enquanto crescimento e fortalecimento da experiência de Deus, no
seguimento de Jesus e no fortalecimento da identidade cristã católica.
Temos que ter presente o processo de
Iniciação à Vida Cristã. Ele requer também vida de comunidade, além do
compromisso com a própria vida e da dos irmãos e irmãs, caridade, perdão,
solidariedade, experiência e testemunho fraterno. Requer organização,
continuidade e assimilação do que a Igreja crê e do que nós Povo de Deus
cremos.
Precisamos permanecer empenhados em orientar
as famílias e comunidades a não terem uma mentalidade semelhante ao modelo
escolar. Ninguém ficará ‘atrasado’ um ou mais anos. A caminhada de fé, é
caminhada de adesão, de amadurecimento no seguimento de Jesus: de compromisso
com o Evangelho. E a Catequese tem esse papel importante e está unida à
Comunidade e à Família. Como não nos era possível contar com a vivência
presencial na comunidade e no grupo de Catequese, o processo não foi feito como
é preciso. A Catequese necessita destas colunas: GRUPO, FAMÍLIA, COMUNIDADE e LITURGIA para
que a transmissão da fé aconteça.
Por isso, neste momento é muito importante
pensarmos o retorno aos encontros de catequese, seguido os protocolos que nos
garante a segurança sanitária necessária para o momento. Deste modo, padres,
religiosas, catequistas e pais acompanhados dos filhos podem planejar esse
retorno.
Pedimos que as coordenações e os párocos
fiquem firmes diante daquelas pressões que virão e estejam aptos a transmitir
este entendimento. Não podemos supor, nem fazer de conta que o processo
aconteceu. Não podemos simplesmente dizer: “siga para a próxima
etapa/fase”. A educação da fé requer seriedade e comprometimento. Requer
também paciência e coragem. Permitir que o(a) catequizando (a) vá para a
próxima etapa/fase, sem ter feito a vivência daqueles conteúdos próprios do
período, não nos é uma opção, pois entendemos com clareza que existe uma
jornada, uma caminhada e ela se faz necessária para a formação da identidade
cristã católica.
CONSIDERANDO o retorno
gradual das aulas presenciais nas redes particular e pública em nossas escolas
estaduais e municipais, a partir do início do mês de Setembro/Outubro, seguindo
o protocolo de proteção contra a Covid-19;
CONSIDERANDO a importância e
a nossa solicitude pela catequese em nossa Diocese, paróquias e comunidades,
recomendamos o seu retorno com encontros presenciais, para crianças,
adolescentes, jovens e adultos, pais e padrinhos e noivos, obedecendo as
seguintes recomendações:
1.
Organizar a sala do encontro de modo que se preserve a
distância de 1,5 metros entre cada pessoa. Tratando-se da catequese com
crianças é pedagógico alguma marcação das cadeiras em que se pode e não se pode
sentar, para ajudar de maneira visual a manter o distanciamento.
2.
Programar horários específicos para cada grupo de
catequese, evitando um número maior de pessoas e a aglomeração.
3.
Manter as salas de catequese limpas, higienizadas e
ventiladas. Este cuidado deve ser contínuo, cumprindo as normas de higiene no
início e após o término de cada encontro. Quando um encontro for imediato ao
outro deve-se antes da turma seguinte entrar fazer a higienização da sala.
4.
Uso obrigatório de máscara durante todo o tempo do
encontro. Tratando-se da catequese com crianças orientem os pais a enviarem uma
máscara reserva. Pede-se também as Paróquias que providenciem máscaras
descartáveis para eventuais necessidades.
5.
Organizar a entrada e a saída dos(as) catequizandos(as),
de forma tranquila, evitando que se cause aglomeração.
6.
Não se deve promover dinâmicas ou brincadeiras que
estimulem cumprimentos, toques ou abraços.
7.
Quanto a água: cada criança (jovem ou a adulto) leve uma
garrafa com água de sua casa. Se alguém tiver necessidade de mais água ou tenha
esquecido sua garrafa, deve consumir água em copo descartável. Por questões
sanitárias, não contemplamos neste protocolo a possibilidade do abastecimento de
garrafas de água em bebedouros.
8.
Providenciar e oferecer o álcool em gel 70% para
higienização das mãos na entrada e saída dos encontros. É importante que cada
catequista mantenha consigo na sala do encontro um borrifador com álcool e
utilizá-lo sempre. Muitas instituições também têm usado do álcool 70% líquido
que possui a mesma eficácia, é mais econômico e seca mais rápido.
9.
Evitar compartilhamento de objetos, como: Bíblias, canetas,
lápis, borracha, e outros.
10. Priorizar encontros
que sigam o conteúdo correspondente de cada fase/etapa procurando salvaguardar
o essencial.
11. Promover encontros
breves, não ultrapassando 1 hora.
12. Nas paróquias em que
se tenham poucos catequistas ou espaço físico insuficiente para a realização do
encontro, pode-se pensar numa modalidade de catequese a cada 15 dias,
intercalando as turmas. Contudo, seria muito bom que na semana em que os(as)
catequizandos(as) não estiverem no encontro presencial, se ofereça algum
conteúdo na modalidade online (vídeos, lives, áudios) ou se ofereça algum
material para atividades ou momentos de oração em casa.
13. Não contemplamos
neste protocolo a modalidade de catequese hibrida. Nesta modalidade não é
possível contemplar todas as realidades da Diocese.
14. Recomenda-se aos
catequistas do grupo de riscos, que não se sentem seguros, a não colaborarem
neste primeiro momento. Neste caso a coordenação paroquial organize com outros
catequistas disponíveis o modo de acompanhar as turmas, que por motivo da
pandemia não serão acompanhadas por catequistas do grupo de risco. Do mesmo
modo, catequizandos e catequizandas que estiverem em grupo de risco, não devem
comparecer à catequese presencial, por enquanto. A equipe encaminhe para estes
casos algum material por escrito para a família realizar em casa alguma
atividade catequética.
15. As paróquias que
adotaram outro calendário de catequese, sejam livres para segui-lo. Bem como,
os párocos que entendem que por motivos próprios da sua comunidade paroquial
ainda não seja o momento para o retorno, podem postergá-lo.
16. Nas cidades onde se
regredir para a fase vermelha, ou tiverem aumento do número de casos,
suspenda-se a catequese com crianças até que a cidade que progrida de fase.
17. Nas cidades onde o
governo municipal não autorizou o retorno das aulas ou está proibido momentos
de encontros, também não fica autorizado o retorno da catequese com crianças.
Respeitando o protocolo indicado, recomendamos o retorno da catequese em nossas
paróquias e comunidades, no início do mês de outubro. Em caso de agravamento da
pandemia, favor desconsiderar estas orientações e manter suspensa a atividade
catequética.
A Coordenação Diocesana de Iniciação a Vida
Cristã está à disposição para quaisquer dúvidas que possam surgir.
Agradecemos o empenho, a dedicação, a coragem
e a comunhão não só agora no tempo da pandemia, mas em toda a nossa caminhada.
Pedimos à Mãe Maria, Primeira Catequista, que
nos ajude neste novo tempo que estamos gestando. Que as experiências vividas
não sejam guardadas como negativas, mas sim, como trampolim, mola
impulsionadora que nos fez rever nosso caminhar, nossas atitudes e nossa fé.
Deus Misericordioso e Bom, por intercessão de
São Pedro de Alcântara nos ilumine, abençoe e conduza a todos!
Floriano-PI, 17 de
Setembro de 2021
Memória de São
Roberto Belarmino
Bispo e Doutor da
Igreja
Grande Catequista
Dom Edivalter Andrade – Bispo
diocesano
Pe. Adalberto Santos – Coordenador da
Comissão Diocesana de IVC